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Nesta peça, encenada pela primeira vez por volta de 1517, os personagens são almas de pessoas de variadas classes sociais, que após a sua morte dirigem-se a um porto para serem julgadas conforme os atos feitos em vida. De acordo com seu destino, seguirão na barca do Anjo, que as levará para o Paraíso ou na barca do Diabo, que irá para o Inferno. Através da denúncia das mazelas da sociedade, Gil Vicente acreditava poder extrair daquilo que diverte o ensinamento moral que permitiria retornar aos bons princípios da religiosidade cristã. Fazer rir e castigar os costumes são as constantes de seus autos. Livro de bolso, com texto integral e notas explicativas.